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13/07/2017
Reforma beneficia escritórios compartilhados

Com custo menor que uma sala tradicional, o espaço de coworking pode se tornar uma saída para contratantes que buscam locais para funcionários intermitentes, terceirizados ou home work

São Paulo - Apesar da polêmica sobre a reforma trabalhista aprovada nesta semana no Senado, pontos específicos do projeto, que segue para sanção presidencial, poderá beneficiar o mercado de coworking. A expectativa é que a regulamentação do home office e o trabalho intermitente eleve a demanda por este tipo de serviço.

"Vemos gente sondando e acreditamos que em agosto já será uma realidade. Há uma demanda reprimida e vamos ajudar as empresas a implementar a lei com espaços adequados", afirma o presidente do grupo IWG no Brasil, Tiago Alves.

Segundo ele, apesar da flexibilidade que a reforma traz na contratação, em muitos casos, as condições mínimas de infraestrutura serão responsabilidade do empregador, e o coworking se torna uma saída para oferecer um local com todos os recursos necessários "No home office, por exemplo, em vez da empresa adaptar a casa do funcionário, pode oferecer acesso a um coworking próximo de sua casa e fazer o pagamento mensal", complementa Alves.

O mesmo é o caso do trabalho intermitente e da terceirização. No primeiro, a empresa pode pagar pelo uso de uma estação de trabalho, ou workstation, por hora. "[No segundo,] temos um produto flexível que pode ser implementado da noite para o dia e em volume. Hoje, já tenho a demanda de uma empresa que vai fechar um andar inteiro", coloca.

Atualmente, a IWG possui seis marcas em seu portfólio global, das quais a Regus e a Spaces já entraram no Brasil. "Temos 55 unidades e oito em construção. Só no primeiro trimestre tivemos 30% de crescimento em número de centros", contou Alves. Segundo ele, hoje não há planos de modificar o plano de expansão, mas caso a demanda seja superior à esperada, sobretudo, com as oportunidades da reforma, a empresa estará disposta a adaptar seus planos.

Concorrência

Mesmo sem ver um impacto significativo da Reforma no mercado, outra empresa que chegou para atender a crescente procura no País, a WeWork, também tem planos de expandir este ano.

Depois de inaugurar este mês com 100% de ocupação seu primeiro escritório de coworking no Brasil, localizado na Avenida Paulista em São Paulo (SP), a companhia anunciou que encerrará o ano com seis unidades. De acordo com o general manager da WeWork Brasil, Lucas Mendes, no total serão dois empreendimentos no Rio de Janeiro (RJ) e quatro em São Paulo. "Também vamos duplicar o empreendimento da Paulista. Hoje temos dois andares e vamos contar com mais três até o final do ano", disse o executivo.

De startups e autônomos até médias e grandes empresas, o executivo aponta que tem recebido um público diverso. "É uma vantagem para a empresa participar de uma comunidade e ter um espaço em qualquer outra unidade do mundo. Além de ter funcionários mais satisfeitos, o que pode ajudar a captar mais talentos", coloca.

Ele comenta que o modelo de escritório traz uma redução de custo significativa. "Pode chegar a 40% na comparação com uma locação no mesmo prédio, por exemplo", destaca.

Exemplo disso, a Loggi, companhia localizada em Alphaville transferiu sua força de vendas e algumas áreas menores para a unidade WeWork da Paulista e já conseguiu uma redução de custo de 20% por funcionário, sobretudo com transporte. "Fora o valor intangível para atrair e reter talentos. Somos uma empresa de tecnologia com uma a faixa etária média entre 25 e 27 anos que dá valor ao local", afirma a COO da Loggi, Juliana Clemente, que completou: "Também fica mais fácil de encontrar com clientes", coloca. Além disso, ela cita o potencial de venda dentro da WeWork" que acaba conhecendo a plataforma de serviços de motoboy.

Fonte: DCI - SP - Por: Vivian Ito

 





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